O Processo de Bolonha em Enfermagem
Num ensino que pretende que se mude completamente o paradigma de estudo, parece que pouco ainda se mudou. Continuamos a viver num paradigma de matérias em vez de competências. Não chega mudar apenas a forma de dar as aulas, mas sim cativar e mostrar aos estudantes as vantagens da auto-aprendizagem e da vontade de aprender.
Em Portugal verificou-se uma jogada política. Não se usou o termo Bacherel que se está a adoptar em toda a Europa, passou-se a usar licenciado. Esta pequena diferença causa na cabeça de quem não conhece tão bem este processo uma ampla confusão e que faz com que se compare o actual licenciado a ao detentor do 1º Ciclo de formação de Bolonha.
Em Enfermagem, a confusão é ainda maior, o MCTES e as Escolas pertendem uma formação de 4 anos para formar Enfermeiros. Porém, a Ordem dos Enfermeiros defende, tal como as outras congeneres das outras áreas que os Enfermeiros devem ser formados num ciclo único que confira o grau de mestre. Falando claramente em competências e não em tempo de formação.
Acho que a questão, tem de ser vista pela prisma das competências e nunca pela visão do tempo, pois esta leva a outra questão, a económia. E se formos por esta vertente Bolonha não será mais uma oportunidade perdida.
Amanhã na ESECG-UM a partir das 16h no seminário, a AEESECG está a organizar um Debate sobre Bolonha. Feito de estudantes para estudantes. Pois estes, são afinal de contas a ESSÊNCIA de Bolonha...
Participem...